terça-feira, 14 de junho de 2011

O título

Alguém me terá questionado sobre o título do meu blogue. De facto, será sensato traçar um pequeno argumento que o justifique, não que muitas vezes um título possa ter necessariamente uma ligação muito forte com o conteúdo, mas, enfim fará sentido que coexistam ou pelo menos que nos trasmitam uma sensação de convergência.

Os títulos, as capas, as texturas, os cheiros, as formas são propriedades que eu prezo muito quando toco um livro, e muitas das vezes funcionam para mim como um convite para inicar a sua exploração, mas um blogue não tem cheiro, não tem textura e não tem alma.

Muitas vezes vejo-me a olhar para esta estranha forma de vida, tal como uma causa virtual (ou uma coisa virtual) e de resto quero acreditar que me aproxima do que gosto, de quem gosto. Talvez por estar longe, qualquer meio sirva para me aproximar do mundo que quero ter sempre comigo, e isso possa provavelmente mitigar o meu cepticismo em relação a esta interface.

Mas a minha relação com a tecnologia sempre foi uma espécie de ligação amor-ódio, da qual eu dependo necessariamente, mas da qual eu me desprendo também sem saudade. Adoro a ficção científica, a animação, os efeitos virtuais, a espetacularidade de uma vista ou plano com mais uma dimensão, adoro a representação ou a projecção virtual da realidade, mas depois invado-a, confronto-a, desmantelo-a como que se estivesse a praticar um exercício reverso para me covencer de que ela é necessária...

Mas, era sobre o título que queria falar, e entretanto o tempo passou....assim, terei uma nova oportunidade para construir mais um post...

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